Prefeitura de Orleans e laboratórios de análises clínicas se reúnem para decidir o futuro dos exames realizados pelo sistema SUS no município
Desde o início de abril, quando os quatro laboratórios de análises clínicas não renovaram o contrato para prestação de serviços da rede SUS com a prefeitura de Orleans, a cidade vem buscando alternativas para atender a população. No dia 4 de abril, a secretaria de saúde anunciou que um contrato emergencial com um laboratório de Criciúma foi firmado e que a partir daquele dia a população já estava sendo atendida de acordo com a prioridade.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã desta quarta-feira, dia 19, o prefeito do município Jorge Koch, falou sobre o assunto.
De acordo com Koch, o não interesse em renovar o contrato junto ao município surgiu dos laboratórios que, desde o ano passado solicitavam uma complementação de valores além da tabela SUS.
“Não houve a renovação do credenciamento por parte dos laboratórios e é um direito deles. A tabela SUS é uma tabela que faz 20 anos que não é atualizada e os valores que são pagos aos profissionais é um preço ínfimo, um preço vergonhoso. Ao longo dos anos, nenhum governo federal reajustou a tabela. Toda vez que a secretaria de saúde solicita um exame de sangue, o SUS repassa R$1,87, mas quando você vai fazer no particular, você paga em torno de R$ 8 reais. Nós entendemos, mas nós não temos condições, se o SUS que é o dinheiro do Brasil inteiro não tem condições de pagar mais, não é a prefeitura que vai ter”.
Ainda durante a entrevista, Koch informou que o governo federal repassa apenas R$ 11 mil reais para que a população de Orleans possa realizar os exames de forma gratuita, mas que esse valor é bem abaixo do valor gasto com exames que é em torno de R$ 45 mil.
O prefeito de Orleans destacou que numa reunião realizada ontem, dia 17, com os quatro laboratórios, uma contraproposta foi feita pela prefeitura aos laboratórios e que hoje será decidido se a partir da próxima semana os laboratórios voltam a ser credenciados.
Otimista, Kock disse que quer resolver este problema. “Eu sou gestor e se eu não resolver este problema, nós ficaremos sem os quatro laboratórios credenciados e vamos continuar a prestar um serviço ruim, com apenas um laboratório atendendo 50 pessoas diariamente”, finalizou
Confira entrevista completa aqui: