Entrevista: Secretário Beto Martins fala sobre a elaboração do plano aeroviário de Santa Catarina
Com valor de R$ 1.472.700,00 o novo plano aeroviário terá um prazo de execução de dez meses
Nessa segunda-feira, dia 3, o governador Jorginho Mello assinou a ordem de serviço para a elaboração do Plano Aeroviário de Santa Catarina (Paesc)
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã, desta quarta-feira, dia 5, Beto Martins, secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias do estado, deu mais detalhes sobre este que será um marco significativo para o estado.
De acordo com o secretário, o contrato no valor de R$ 1.472.700,00 terá um prazo de execução de dez meses, e será conduzido pelo Laboratório de Transporte e Logística (LabTrans/UFSC).
A elaboração do plano aeroviário será conduzida em parceria com a empresa que elaborou o plano aeroviário nacional. “Nós vamos ter uma aderência, uma simetria com o plano nacional e isso vai apontar de maneira clara quais as prioridades que nós temos pela frente para melhorar a nossa atuação nesse setor”, afirma Martins.
O objetivo principal do plano é coletar informações que irão direcionar o desenvolvimento do setor aéreo em Santa Catarina, abrangendo áreas como a demanda de passageiros, linhas aéreas e transporte de cargas. Considerando que o último plano aeroviário foi realizado em 1989, essa iniciativa se mostra extremamente relevante para atualizar e melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos nos 21 aeroportos do estado.
Dos 21 aeroportos em Santa Catarina, 13 são administrados pelos municípios, três são administrados diretamente pelo estado, um é administrado por pelo município e quatro são administrados por empresas privadas. Em 2022, esses aeroportos movimentaram aproximadamente 6,2 milhões de passageiros e mais de 11,5 milhões de toneladas de cargas, evidenciando a importância do setor aéreo para a economia local.
Ainda segundo o secretário, uma das questões relevantes que serão abordadas é a concessão do aeroporto de Jaguaruna, que já recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Será necessário avaliar a melhor forma de realizar essa concessão, considerando a contrapartida do estado e os investimentos necessários para o desenvolvimento do aeroporto. O lançamento da concessão do aeroporto de Jaguaruna representa um marco importante nesse processo, seja por meio de investimentos provenientes da concessão ou da administração direta pelo estado.
Outro aeroporto que fará parte dos estudos é o Diomício Freitas, em Forquilhinha, que hoje atende apenas voos particulares. Com as obras retomadas a previsão é que o aeroporto retome suas atividades ainda neste ano. “O aeroporto há muito tempo só tem homologação da ANAC para aviação geral, como executiva, atendimento de aviões de emergência da área de segurança e saúde e taxi aéreo. Agora se ele pode avançar, se ele tem potencial para outra direção, o próprio estudo vai nos ajudar a apontar”.
A expectativa é que o novo plano aeroviário traga avanços significativos para o setor aéreo em Santa Catarina, promovendo melhorias na infraestrutura, no atendimento e impulsionando o desenvolvimento econômico do estado.
Confira a entrevista completa aqui: