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Entrevista com brasileiro em Israel: Um relato em meio ao conflito no Oriente Médio

Ilan Schucman compartilhou sua experiência e perspectiva sobre o conflito

Por Rádio Guarujá13/10/2023 21h43
Foto/Rádio Guarujá

Nesta sexta-feira, o Jornal da Guarujá teve a oportunidade de conversar com Ilan Schucman, um brasileiro que mora nas proximidades de Jerusalém, e ele nos atualizou sobre a situação no Oriente Médio ao vivo.

O tema principal da conversa foi o conflito desencadeado pelo grupo terrorista Hamas, que cometeu atentados criminosos contra cidadãos, incluindo homens, mulheres e crianças, gerando grande preocupação não apenas no Oriente Médio, mas em todo o mundo.

Ilan Schucman, um brasileiro de São Paulo que se mudou para Israel, na cidade próxima à  Jerusalém, gentilmente compartilhou suas experiências e perspectivas sobre o conflito. Ele atua como guia turístico e, portanto, tem um contato direto com a região e seus habitantes.

Ele descreveu o momento em que os ataques terroristas começaram, enquanto ele estava no hospital em Jerusalém para auxiliar um turista. Sua casa tem um quarto de proteção, usado como abrigo contra ataques. Ele destacou como as sirenes tocavam frequentemente, indicando a ameaça constante de mísseis.

Quando questionado sobre a situação atual em relação a suprimentos básicos, Ilan afirmou que não houve escassez de água, energia elétrica ou alimentos. No entanto, houve um alerta de defesa civil para as pessoas estocarem comida, água e suprimentos essenciais por precaução.

Ele também mencionou que as lojas, incluindo supermercados, ficaram temporariamente com prateleiras vazias devido ao aumento na procura por alimentos e suprimentos durante o alerta, mas o abastecimento voltou ao normal.

Ilan vive a 15 minutos de Jerusalém e compartilhou informações sobre como as ruas estão vazias, as escolas fechadas e as medidas de segurança em vigor na região.

Sobre os sequestros de civis, Ilan confirmou que mulheres idosos, crianças e civis de diversos países foram sequestrados pelo Hamas. Ele enfatizou a incerteza sobre o destino dessas pessoas e a falta de ações eficazes para garantir sua segurança.

Em relação à recente ordem do governo de Israel para que os civis palestinos se desloquem para o sul da Palestina em meio à escalada dos conflitos, Ilan mencionou que, na realidade, a intenção pode ser usá-los como “escudo humano,” o que coloca essas pessoas em risco de vida.

Ilan relatou que, recentemente, houve uma convocação para a violência contra judeus. Essa ameaça obrigou sua família e outros a permanecerem trancados em suas casas em busca de segurança. “Hoje eu estou trancafiado em casa porque eles dispararam uma convocação para matar todos os judeus. A minha família está trancafiada. E não é só Israel, é todo o mundo, isto está publicado no site deles, do Hamas”, destacou Ilan. É importante ressaltar que essa situação de insegurança não se limita a Israel, pois Ilan relata que esse apelo para atacar judeus está sendo divulgado em todo o mundo.

Ele explicou que os habitantes da Faixa de Gaza não são desejados por nenhum país vizinho, o que dificulta a busca de refúgio. O Egito, apesar de ter um acordo de paz com Israel, não demonstrou disposição em abrir corredores humanitários para esses civis.

Ilan Schucman encerrou a entrevista deixando uma mensagem de esperança e pedindo aos brasileiros que observem as leis locais, mantenham contato com as autoridades e agências humanitárias para obter informações sobre seus entes queridos e considerem contribuir com organizações humanitárias que prestam assistência na região.

Confira a entrevista completa

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