Jorge Koch revela tensões eleitorais entre MDB e PSDB em entrevista ao Jornal da Guarujá
Na manhã desta segunda-feira, o Jornal da Guarujá recebeu o prefeito de Orleans, Jorge Koch. Em uma conversa franca e reveladora, Koch trouxe à tona os bastidores fervilhantes das eleições de 2024, destacando especialmente as tensões entre o MDB e o PSDB.
Ao ser questionado sobre a situação entre os partidos, Koch descreveu uma calmaria aparente nos microfones, contrastando com a inquietude nos bastidores. Com mais de três décadas de experiência como delegado e oito anos como prefeito, Koch afirmou sua franqueza e compromisso em abordar problemas de frente.
“Quem sou eu para mentir?”, declarou Koch. “Nesses meus 30 anos de delegado e oito de prefeito, jamais eu me esquivei de vir numa emissora de rádio e falar sobre algum problema.”
O prefeito expressou satisfação com declarações recentes do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, enfatizando que a direita não é uma exclusividade de nenhum partido. Koch ilustrou essa diversidade ideológica mencionando membros do MDB que apoiaram fervorosamente o ex-presidente Bolsonaro, enquanto outros optaram por apoiar Lula, assim como membros do PSDB.
Quanto à possível continuação da aliança entre MDB e PSDB, Koch revelou um cenário de incertezas. Embora tenha destacado a trajetória de mais de 20 anos de cooperação entre os partidos, mencionou a crescente vontade dentro do MDB de romper essa aliança. A possível candidatura de Mário Coan pelo PSDB adiciona complexidade à situação, especialmente considerando a resistência de Cristóvão Crocetta em assumir o papel de vice-prefeito.
“O MDB quer, mas o porém é que o Mário também que ser prefeito, nós temos que indicar o vice”, explicou Koch. “E o nosso vice, naturalmente era o Cristóvão Crocetta. Mas só que o Cristóvão não está disposto a ser vice-prefeito.”
Koch reconheceu as pesquisas internas realizadas pelos partidos para avaliar a força de seus candidatos, enfatizando a importância do voto e do trabalho prestado para garantir o sucesso eleitoral. Ele ressaltou a dinâmica da política, destacando a influência das redes sociais e a necessidade de adaptar-se às mudanças de cenário.
“Pesquisa é uma metodologia científica. Ela te diz exatamente quantos votos tem hoje e quanto vai ter na eleição”, explicou Koch. “Então, através de pesquisa é que nós vamos chegar ao candidato nosso.”
A possível ruptura da aliança entre MDB e PSDB representaria um divisor de águas na política local, com repercussões imprevisíveis para as eleições . Koch enfatizou seu compromisso em buscar a continuidade da aliança, mas reconheceu que a decisão final está sujeita a várias variáveis, colocando as chances de continuidade em 50/50.
“Eu ainda tenho o compromisso de tentar e dar mais uma conversada”, disse Koch. “O Mário é candidato a prefeito porque ele quer mostrar que ele pode ter condições de governar Orleans, conforme a sua ideologia política pelo PSDB e as demais ideias que ele tem.”
O prefeito encerrou a entrevista destacando que as eleições de 2024 não serão decididas por partidos políticos tradicionais, mas sim por ideologias, refletindo a complexidade e a evolução do cenário político atual.
“Temos que tomar cuidado, pois dividir nosso eleitorado com o PSDB pode prejudicar nossas eleições”, concluiu o prefeito, deixando um ar de incerteza sobre o futuro político de Orleans.
Confira entrevista completa: