Cuidar da audição: Especialista alerta para os sinais precoce e importância do tratamento
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5% da população brasileira, equivalente a mais de 10 milhões de pessoas, apresentam algum tipo de deficiência auditiva. Desses, 2,7 milhões sofrem de surdez profunda, o que significa que não conseguem ouvir nada. O Jornal da Guarujá conversou na manhã desta sexta-feira, 6, com Emerson Fernandes, fonoaudiólogo e proprietário da Viver Aparelhos Auditivos, localizada na Clínica CMD em Orleans, sobre a importância da saúde auditiva e os avanços tecnológicos em aparelhos auditivos.
Emerson Fernandes destacou a dificuldade de perceber a perda auditiva. “Enquanto alguém com deficiência visual percebe facilmente que precisa de óculos, quem está perdendo a audição pode não perceber. A pessoa pode estar ouvindo a TV muito alto ou precisando que outros repitam frases várias vezes, mas não se dá conta disso,” explicou.
Ele também alertou sobre os sinais comuns de perda auditiva: “Os sintomas frequentemente observados incluem a necessidade de aumentar o volume da televisão, pedir para repetir frases e, mais preocupante, o isolamento social. Muitas vezes, o paciente evita eventos sociais porque não consegue acompanhar as conversas, o que pode levar a um estado de depressão.”
Para Fernandes, o diagnóstico precoce é importante. “Se a perda auditiva não for identificada a tempo, pode levar a problemas maiores. O primeiro passo é buscar um especialista e realizar exames, como a audiometria, para identificar o tipo e o grau da perda auditiva. Se for neurossensorial, a solução é o uso de aparelhos auditivos”, explicou.
Sobre a evolução dos aparelhos auditivos, Fernandes destacou: “Antigamente, os aparelhos eram grandes e desconfortáveis, com apenas a opção de ajustar o volume. Hoje, temos aparelhos discretos e tecnologicamente avançados, que são recarregáveis e até à prova d’água. Alguns modelos possuem inteligência artificial, permitindo que o usuário ajuste o volume e outras configurações através de um aplicativo.”
Fernandes também compartilhou um relato emocionante: “Recentemente, atendemos uma jovem de 23 anos que tinha dificuldades com pedidos em seu trabalho. Após usar um aparelho auditivo, ela mandou uma mensagem emocionada dizendo que conseguiu ouvir seu filho chamando à noite e interagir melhor no trabalho. Isso mostra o impacto significativo que a tecnologia pode ter na vida das pessoas.”
A Viver Aparelhos Auditivos oferece uma avaliação inicial sem compromisso e conta com marcas de renome no mercado. “É gratificante ver a diferença que podemos fazer na vida dos pacientes. A adaptação aos aparelhos auditivos pode levar de 30 a 60 dias, e estamos aqui para garantir que cada ajuste seja feito de forma a proporcionar o melhor resultado possível”, concluiu.
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