Na manhã desta quinta-feira, 21, o Secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins, concedeu uma entrevista  ao Jornal da Guarujá, onde abordou temas cruciais relacionados ao desenvolvimento ferroviário no estado.

Uma das principais notícias apresentadas foi a formação de um Grupo de Trabalho multidisciplinar, composto por diversas entidades e empresas, com o objetivo de contribuir para o avanço do setor ferroviário em Santa Catarina. Entre os membros do grupo estão a Secretaria de Estado de Portos Aeroportos e Ferrovias, a Secretaria de Estado de Infraestrutura, a FACISC, a FIESC, a Ferrovia Tereza Cristina, a Rumo, a SCPAR, o Porto de São Francisco do Sul, o Porto de Imbituba, a Portonave, o Porto de Itapoá e o Porto de Itajaí.

Beto Martins destacou a importância desse grupo multidisciplinário, salientando que o último projeto ferroviário inaugurado em Santa Catarina remonta a 1969, o que representa uma lacuna de 54 anos. Ele ressaltou que esse atraso resultou em custos elevados para o estado e prejudicou a competitividade de Santa Catarina em comparação com outros estados que estão investindo intensamente em ferrovias.

O secretário enfatizou a necessidade de expandir a malha ferroviária catarinense para melhorar a logística e o escoamento da produção industrial, especialmente no oeste do estado. A falta de conexões eficientes entre os modais tem causado perdas na indústria e na economia catarinense.

Beto Martins também detalhou dois projetos em andamento: um que ligará Chapecó a Correia Pinto e outro que conectará Navegantes a Araquari, totalizando 381 km de expansão e aumentando em 50% a malha ferroviária do estado. Ele esclareceu que esses projetos estão em fase avançada, com previsão de conclusão em outubro do ano seguinte.

Além disso, o secretário mencionou a importância de atrair investimento privado para o setor ferroviário, aproveitando as mudanças no marco regulatório que permitiram prazos de concessão de até 99 anos. A atração de investimentos privados, incluindo investidores internacionais, é vista como a melhor maneira de impulsionar o desenvolvimento ferroviário em Santa Catarina.

Na entrevista, também foi abordada a necessidade de uma malha ferroviária mais completa para atender às demandas da região sul do estado, incluindo o Porto de Imbituba. Beto Martins assegurou que novos traçados estão sendo discutidos, e o grupo de trabalho desempenhará um papel crucial na definição dos próximos projetos ferroviários.

A entrevista foi encerrada com a boa notícia de que o governador planeja visitar o sul de Santa Catarina na primeira quinzena de outubro para anunciar a reabertura do aeroporto de Forquilinha, o lançamento do edital de concessão do aeroporto de Jaguaruna e investimentos na revitalização do acesso sul ao Porto de Imbituba.

Confira a entrevista:

Na manhã desta quinta-feira, 21 de setembro, o Jornal da Guarujá teve a oportunidade de conversar com Winícius de Lima Wagner, supervisor da pesquisa de produção agrícola municipal de 2022 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O evento presencial ocorreu em Florianópolis e marcou a divulgação dos resultados dessa importante pesquisa, que traz dados detalhados sobre a produção agrícola de todos os municípios brasileiros.

A entrevista teve como objetivo entender como funciona a pesquisa e destacar seus principais resultados a nível nacional, estadual e nas regiões da AMUREL e AMREC

Winícius explicou que a pesquisa do IBGE é um levantamento abrangente da produção agrícola a nível municipal, focando principalmente no ano de 2022. Esses dados desempenham um papel crucial na composição do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em 2022, a Pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAN) revelou um recorde no valor da produção agrícola nacional, superando a marca de 830 bilhões de reais em receita gerada por 64 produtos analisados.

O grande destaque foi a produção de grãos, incluindo cereais, leguminosas e oleaginosas, que atingiu um novo recorde de mais de 263 milhões de toneladas, mesmo enfrentando desafios como uma forte estiagem que afetou a região sul do país e reduziu a produtividade de importantes culturas de verão, como soja, milho e arroz.

Santa Catarina, um dos estados em foco, registrou um aumento de 16,1% no valor da produção em 2022, superando os 60 bilhões de reais e representando 2,4% da produção agrícola nacional. Isso ocorreu apesar das perdas de produção devido à estiagem, graças ao aumento das áreas de cultivo de soja (crescimento de quase 10% no ano) e trigo (ampliação de mais de 30% em 2022).

Os produtos que mais contribuíram para a receita da produção agrícola catarinense em 2022 foram a soja e milho, que desempenham um papel estratégico no abastecimento das agroindústrias locais. Santa Catarina também se destacou nacionalmente na produção de maçã, cebola, arroz, fumo, palmito e pera, liderando ou ficando em segundo lugar entre os estados produtores. Além disso, o estado contribui significativamente na produção de erva-mate, banana e trigo, que têm relevância no abastecimento do país.

Nas regiões da AMUREL e AMREC, os resultados também foram notáveis. Na AMUREL, a receita gerada com a produção agrícola em 2022 atingiu 459 milhões de reais, representando 2,3% do valor da produção agrícola estadual. Destacaram-se municípios como Tubarão e Jaguaruna, este último sendo o maior produtor estadual de Melancia e Grão-Pará. O arroz se destacou na região, respondendo por quase 40% do valor agrícola nos municípios da associação, juntamente com o fumo, mandioca e milho.

Na região da AMREC, foram gerados 704 milhões de reais em receita, representando 3,5% da participação do estado. Os municípios de Içara, Forquilinha e Nova Veneza se destacaram, especialmente no cultivo de arroz. Outros produtos em destaque na região foram fumo, milho, soja e banana.

Confira entrevista completa:

Nesta quarta-feira, 20, o Jornal da Guarujá conversou com  o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Faveri, que deu mais detalhes sobre a X CocalFest, a festa de aniversário do município que comemora seus 32 anos de emancipação política e administrativa. A entrevista abordou diversos aspectos do evento e também tocou em temas políticos.

O prefeito destacou que a décima edição da CocalFest está chegando, e a festa terá início na sexta-feira, celebrando os 32 anos de emancipação da cidade. Entre as atrações planejadas para este ano, estão a escolha da nova corte da cidade, shows musicais, gastronomia diversificada oferecida por 17 entidades sociais locais, desfiles, e uma grande minestra ( a maior minestra do mundo) que será servida para cerca de cinco mil pessoas na segunda-feira. O prefeito enfatizou que todos os shows são gratuitos, e haverá atividades culturais envolvendo diversos estilos musicais e tradições locais.

Uma das novidades deste ano é a mudança de local da festa, que agora ocorrerá na Praça do município. O prefeito ressaltou que, embora tenha havido essa modificação, a festa continuará charmosa e requintada.

Durante a entrevista Fernando de Faveri também mencionou a mudança do feriado de aniversário da cidade para a segunda-feira, medida que foi adotada com sucesso no ano anterior para evitar interrupções na semana de trabalho.

Quando questionado sobre o atual momento político, econômico e social do município, o prefeito expressou otimismo, destacando os avanços em diversos setores, como educação, saúde, infraestrutura e aquisição de áreas industriais. Ele enfatizou que o crescimento da cidade é resultado do esforço conjunto de prefeitos anteriores, do legislativo e da comunidade.

Por fim, a entrevista abordou o planejamento político para as eleições do próximo ano. O prefeito confirmou que pretende buscar a reeleição e que já está trabalhando com a base aliada, para dar continuidade ao trabalho realizado por ele e por seu vice-prefeito Erik Pereira Zeferino. Ele ressaltou a importância de concluir as ações planejadas e continuar o desenvolvimento do município.

Confira entrevista completa:

Em virtude das novas regras propostas para o Bolsa Família, que poderiam resultar no corte de benefícios em cerca de 40% dos municípios catarinenses, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família de Santa Catarina busca esclarecer a situação. Em uma entrevista realizada com a coordenadora do Bolsa Família em Santa Catarina, Magna de Paula, foram abordados os principais aspectos desse tema controverso.

Contexto emergencial e mudanças nas regras

Magna de Paula começou a entrevista contextualizando a situação, lembrando que as mudanças nas regras do Bolsa Família têm raízes em eventos recentes, como a pandemia da COVID-19. Durante a pandemia, o governo implementou o auxílio emergencial, que precisava abranger não apenas famílias tradicionais, mas também pessoas unipessoais e grupos que não se encaixavam nos critérios do Cadastro Único. Posteriormente, o auxílio emergencial foi substituído pelo programa “Auxílio Brasil”.

Magna destacou que essas mudanças resultaram em inconsistências nos dados do Cadastro Único, que é declaratório. Por exemplo, em alguns casos, casais não informaram que viviam juntos, o que gerou problemas de enquadramento. A coordenadora enfatizou que o programa Bolsa Família é destinado a famílias, e tais inconsistências precisam ser corrigidas para garantir que apenas as famílias elegíveis recebam o benefício. Os municípios estão realizando visitas técnicas para verificar a veracidade das informações no Cadastro Único e corrigir qualquer discrepância. O objetivo é garantir que as famílias que realmente estão em situação de vulnerabilidade e têm baixa renda recebam o Bolsa Família.

O processo de verificação

A coordenadora estadual do Bolsa Família explicou que os técnicos do Cadastro Único fazem visitas para verificar a composição das famílias. O Cadastro Único define família como um grupo que compartilha renda e despesas. As famílias que não atualizaram suas informações em dois anos são convidadas a fazê-lo no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Aquelas que não se encaixam nos critérios do Bolsa Família terão seus benefícios bloqueados.

Magna enfatizou que o Bolsa Família destina-se a quem realmente necessita. As pessoas que atendem aos critérios não devem se preocupar, pois continuarão recebendo o benefício. No entanto, aqueles que agiram de má fé, fornecendo informações falsas, perderão o benefício. Isso é importante para garantir que o auxílio chegue às famílias que realmente precisam.

Quantidade de beneficiados no estado

Santa Catarina possui atualmente 222 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, com cerca de 30 mil famílias unipessoais. Isso representa 17,7% das famílias, acima da média nacional. Por isso, os municípios estão realizando verificações rigorosas para corrigir as inconsistências.

Confira entrevista completa: