A importância do apoio psicológico no combate ao câncer de mama
Entrevista com a psicóloga Carmina Debiasi Carminati
A psicóloga Carmina Debiasi Carminati foi a entrevistada de hoje, 16, no Jornal da Guarujá na série de entrevistas sobre o Outubro Rosa.
Carmina abordou diversos tópicos relacionados ao impacto do diagnóstico de câncer de mama na saúde mental das pacientes, o papel da família no apoio emocional, a necessidade de reconstrução do “eu” após o diagnóstico, o trabalho dos psicólogos e das redes de apoio, e a importância das campanhas de conscientização.
A primeira reação ao receber essa notícia é de desorientação e o impacto emocional do diagnóstico de qualquer doença é significativo, as pessoas tendem a trabalhar com base em seu senso comum, preocupadas com o tratamento, sua duração e possíveis consequências. No caso do câncer de mama, a preocupação com os tratamentos, a cirurgia e o impacto na vida cotidiana pode ser avassalador, afirmou Carmina.
Carmina também observou que o diagnóstico afeta não apenas o paciente, mas também a família, que experimenta medo e ansiedade semelhantes e ressaltou a importância do apoio tanto interno quanto externo e como isso desempenha um papel crucial no sucesso do tratamento.
Quando questionada sobre como as pessoas podem se manter emocionalmente fortes após um diagnóstico de câncer de mama, a psicóloga explicou que o trabalho do psicólogo envolve apoiar o paciente na reconstrução de sua identidade e autoestima, já que o diagnóstico pode desencadear uma ruptura em suas vidas. Ela também destacou o papel das redes de apoio, como a Rede Feminina de Combate ao Câncer, e como a convivência com outras pessoas que passaram pela mesma situação pode ser fundamental.
A entrevista também abordou a importância das campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, que ajudam a reduzir o estigma em torno do câncer de mama e do colo do útero e incentivam as pessoas a buscar ajuda e cuidados médicos precoces.
A o final da entrevista, a psicóloga forneceu informações sobre como as pessoas podem procurar ajuda psicológica, seja por meio de consultas particulares, unidades de saúde ou CAPS do município.
Confira a entrevista completa