Entrevista com Rosinei da Silveira sobre as consequências das intensas chuvas e a preparação da Defesa Civil para enfrentar a temporada chuvosa

Nesta quarta-feira, 4, o Jornal da Guarujá teve a oportunidade de conversar com Rosinei da Silveira, Coordenador Regional de Defesa Civil, sobre a situação das fortes chuvas que têm afetado o estado de Santa Catarina. A instabilidade climática tem sido um tema constante, e a Defesa Civil emitiu um sinal de alerta para quase todas as regiões do estado, devido à previsão de chuvas volumosas nos próximos dias.

O coordenador regional  explicou que, embora as chuvas tenham começado de forma moderada, elas persistem na região e são motivo de preocupação, especialmente devido ao relevo acidentado da área.

Segundo Rosinei, o sistema meteorológico que atingiu Santa Catarina está se intensificando, embora tenha perdido força em sua entrada no estado. O oeste catarinense e o meio oeste catarinense experimentaram ventos fortes, e algumas áreas registraram granizo. O volume de chuva tem sido significativo, com mais de 100 milímetros em alguns locais do meio oeste.

A preocupação se estende às áreas montanhosas, onde o solo já está encharcado e pode resultar em deslizamentos de terra e quedas de árvores. Rosinei explicou que não é apenas a intensidade da chuva que preocupa, mas a constância dela, que impede que o solo absorva a água adequadamente.

Quando questionado sobre a previsão para o mês de outubro, Rosinei mencionou que o fenômeno El Niño está contribuindo para um excesso de chuvas na região. O período chuvoso deve persistir até novembro, com alívio apenas na última semana de outubro. Isso significa que o estado enfrentará chuvas acima da média anual para o mês.

Uma das preocupações levantadas foi a quantidade de chuva nas áreas montanhosas, de onde a água desce para as regiões mais baixas. Isso também é uma questão a ser monitorada de perto, pois afeta diretamente municípios como Timbé até  Grão-Pará.

“Nossa preocupação se concentra na sexta-feira e sábado, onde a chuva é um pouco maior e o solo já está encharcado. Orientamos que a população não trafegue pelas rodovias catarinenses, principalmente na Serra do Corvo e na Serra do Rio do Rastro”, alertou Rosinei.

A Defesa Civil de Santa Catarina está preparada para lidar com a situação, com mobilização e monitoramento intensificados. Eles trabalham em colaboração com as defesas civis municipais e outras instituições para garantir a segurança da população.

Embora a situação seja desafiadora, a esperança é que o clima possa mudar e aliviar a situação. No entanto, a Defesa Civil está pronta para responder às necessidades da população, oferecendo ajuda humanitária e apoio financeiro quando necessário.

Em meio a essas condições climáticas adversas, a mensagem-chave é a prevenção e a prontidão, para minimizar danos e proteger a população de Santa Catarina.

Confira entrevista completa: