Deputado Federal Gilson Marques questiona a demora na disponibilização da vacina contra a dengue no SUS
O Deputado Federal Gilson Marques, representante de Santa Catarina, enviou um requerimento de urgência ao Ministério da Saúde para questionar o atraso na disponibilização da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora uma vacina Japonesa tenha recebido aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde março e já está disponível na rede privada, sua chegada ao SUS está demorando.
Diante dessa situação, o Deputado Gilson Marques decidiu intervir e solicitar explicações ao Ministério da Saúde sobre o motivo do atraso na disponibilização das vacinas. A dengue é uma doença séria e a vacinação é uma medida essencial para prevenir sua propagação. O parlamentar busca esclarecimentos para que a população possa ter acesso rápido e efetivo à vacina contra a dengue.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, o deputado federal, informou que o Ministério da Saúde tem preferência para um produto nacional desenvolvido pelo Instituto Butantan. No entanto, a pesquisa do Instituto ainda não foi concluída. Enquanto isso, a vacina contra a dengue aprovada pela Anvisa, que já poderia ser utilizada amplamente na população, aguarda sua vez de ser disponibilizada. “O governo se recusa a comprar a vacina que já está pronta, testada e funcionando de outros países, ele alega que é muito caro comprar e que o país tem capacidade para produzir”.
A vacina em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, ainda não foi concluída e a previsão é que seja disponibilizada em 2025.
“Não é garantia que ela esteja disponível em 2025, naturalmente é possível que tenha atrasos, complicações, burocracia, todo o sistema estatal de licitação, que pode atrasar ainda mais, infelizmente”, alerta Marques
Gilson Marques alerta para a importância da vacina contra a dengue, destacando que a doença tem causado um número crescente de mortes e a vacina disponível pelo SUS seria uma solução importante para reduzir os óbitos causados pela dengue. “Eu não sei se vai funcionar a gente botar placas nos lugares dizendo que é proibido que o mosquito pique as pessoas até 2025, já que não temos vacina. Não se qual é a forma deles avisarem os mosquitos e eles obedecerem”, completa.
O deputado lembra ainda que somente em 2023, cerca de 75% dos municípios notificaram casos de dengue e mais de 1 milhão de pessoas já tiveram a doença. Esses números alarmantes ressaltam a urgência de medidas efetivas para combater a dengue e proteger a saúde da população.
“A abrangência da dengue está sendo subestimada. Não há garantia nenhuma, de que esse problema, caso não haja a vacina não aumente. De fato é uma decisão muito, muito ruim”, finaliza.
Confira a entrevista completa aqui: