Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Google Chrome Opera Mozilla Firefox Microsoft Edge
Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.

Desastre na Flórida: Orleanense relata o impacto do furacão Milton em Tampa

Por Rádio Guarujá14/10/2024 12h04
Foto/Zulamar Acordi

A passagem do furacão Milton pela Flórida tem gerado grande preocupação, especialmente entre os catarinenses que residem nos Estados Unidos. O furacão, que causou destruição e perdas humanas, foi tema de uma conversa do Jornal da Guarujá com Zulamar Acordi, uma orleanense que vive na cidade de Tampa há 10 anos.

“Estou muito feliz de falar com vocês, mas também muito triste”, iniciou Zulamar, ressaltando a gravidade da situação que enfrenta. Ela vive na Flórida há 30 anos, tendo passado 20 anos na região de Massachusetts antes de se estabelecer em Tampa. Ao ser questionada sobre a experiência durante o furacão, Zulamar descreveu um cenário de terror. “Eu nunca tinha visto nada parecido. As autoridades estavam nas ruas, alertando a população para deixar suas casas, avisando que quem não saísse poderia morrer”, relatou, emocionada.

Zulamar compartilhou que, antes da chegada do furacão, as autoridades aconselharam os residentes a colocarem braceletes de identificação, caso não conseguissem escapar. Ela se recorda do dia da tempestade: “Fomos para um abrigo três dias antes, as escolas funcionam como abrigo e são preparadas para suportar furacões.”

Embora sua casa tenha sido danificada na área da piscina, Zulamar explicou que muitos de seus vizinhos não tiveram a mesma sorte. “Moro em um condomínio de 270 casas, e apenas cinco não foram alagadas. Minha casa estava na zona de maior risco, mas conseguimos escapar do alagamento”, explicou. A água do mar, em vez de inundar a área, recuou e salvou muitas residências, segundo Zulamar.

Os ventos intensos e a expectativa de danos causaram um ambiente de apreensão. “Tivemos certeza de que a água entraria, mas conseguimos nos preparar. O dia seguinte foi de sol, e consegui voltar para casa, mas o trajeto foi complicado devido a estradas bloqueadas. Normalmente, o percurso até minha casa leva 30 minutos, mas levei mais de três horas devido aos bloqueios e desvios que precisei fazer.”

Atualmente, Zulamar relata que cerca de 50% da população local ainda está sem eletricidade e internet. “A eletricidade levou dois dias para ser restabelecida. É triste ver a destruição, muitas casas foram danificadas e os cenários são devastadores”, lamentou. “A situação é complicada, principalmente porque a região já vinha se recuperando dos estragos causados pelo furacão Helena, que ocorreu há apenas 10 dias”.

Ela também criticou a cobertura da mídia brasileira, que tem mostrado imagens de destruição que, segundo ela, muitas vezes não representam a situação atual. “É triste ver o cenário, casas destruídas. mas, muitas imagens que circulam são de destruições anteriores, como as do furacão Helena, e isso é frustrante para quem está vivenciando a real situação agora.”

Confira entrevista completa

0
0

Compartilhe essa notícia

VER MAIS NOTÍCIAS