Desorganização e máquinas sucateadas: Secretário de Planejamento de Orleans detalha os desafios à frente da pasta
Na manhã desta terça-feira, 21, Alexandre Bussolo, que recentemente assumiu como secretário de planejamento de Orleans, concedeu entrevista ao Jornal da Guarujá, detalhando os desafios à frente da pasta e os planos para reorganizar a gestão municipal. “A criação da Secretaria de Planejamento é um desafio. Por enquanto, ainda estamos vinculados à Infraestrutura, mas já trabalhamos em um novo organograma para oferecer à população um atendimento mais eficiente”, afirmou.
Bussolo destacou que, ao assumir o cargo, se deparou com uma situação de desorganização administrativa, com setores mal estruturados e falta de direcionamento para servidores. “Percebi que havia muita coisa desorganizada. Estamos reestruturando para melhorar os atendimentos. Há uma necessidade clara de fortalecer setores como a saúde, a educação e a assistência social, mas também de apoiar o empreendedor, que é um dos grandes motores da nossa cidade.”
Problemas nas licitações e infraestrutura
O secretário não escondeu as dificuldades enfrentadas nos primeiros dias de gestão, especialmente relacionadas à infraestrutura e à demora em processos licitatórios. “Hoje temos 68 processos de licitação parados. Isso acontece porque o setor de licitações, infelizmente, não foi preparado para dar continuidade ao trabalho depois da transição. Estamos priorizando questões como transporte escolar, coleta de lixo e materiais para pequenos reparos nas estradas.”
Ele também relatou problemas graves com a frota municipal. “Temos máquinas sucateadas. Uma patrola, por exemplo, está parada porque não temos uma lâmina de reposição no estoque. É inacreditável que coisas tão básicas tenham sido negligenciadas.”
Pontes
Sobre a ponte de Brusque do Sul, uma obra que tem gerado cobranças da população, Bussolo explicou que a construção está 96% concluída, mas paralisada. “A empresa responsável tem cerca de R$ 300 mil a receber. O Estado ainda não fez os repasses necessários. Essa é mais uma obra que foi mal planejada e gerida de forma equivocada.”
Ele também criticou escolhas passadas, como a construção da ponte da Coloninha. “Gastaram quase R$ 6,5 milhões em uma ponte que não atende caminhões. Reformar a estrutura existente teria sido muito mais barato. Com a economia, poderíamos ter feito outra ponte em um local estratégico, melhorando o trânsito.”
Apesar dos obstáculos, Alexandre Bussolo demonstrou confiança em superar os desafios. “Estamos focados em fazer diferente, em planejar com responsabilidade e em mostrar que é possível fazer uma gestão eficiente e transparente. O momento é de reorganização, mas tenho certeza de que colheremos os frutos desse trabalho em breve.”
Confira entrevista completa