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Indústria catarinense sofre com atrasos e custos no transporte marítimo, alerta Fiesc

Por Rádio Guarujá05/12/2024 11h12
Foto/Ilustrativa

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), por meio da Câmara de Transporte e Logística, realizou uma reunião para discutir a situação crítica do transporte marítimo e dos terminais portuários no estado. A reunião buscou soluções para problemas que têm penalizado a indústria catarinense, como atrasos em exportações e importações, cobranças de taxas controversas e aumento nos custos de armazenagem.

De acordo com Egídio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, o impacto é significativo para as empresas. “Os prejuízos são imensos. Estamos falando de atrasos na escala dos navios, taxas de estadia, aumento de despesas de armazenagem e compromissos internacionais comprometidos. Isso tudo afeta diretamente a competitividade da nossa indústria”, destacou.

Martorano explicou que a reunião teve como foco orientar as empresas para que possam lidar com os prejuízos de forma mais estratégica. “A principal orientação jurídica que demos é identificar o causador do atraso, seja ele o armador ou outra parte da cadeia. Assim, a empresa pode evitar pagar por algo que não é de sua responsabilidade”, explicou.

Fatores externos agravam o cenário

Martorano apontou fatores externos que contribuem para os problemas logísticos. “A cadeia logística marítima é como um lego. Qualquer problema, como atrasos no Canal do Panamá, guerra no Golfo ou eventos climáticos, gera um efeito dominó em todos os portos. Apesar disso, precisamos agir dentro do que é possível para amenizar esses impactos”, afirmou.

O fechamento temporário do Porto de Itajaí, um dos principais terminais catarinenses, também foi citado como um dos fatores críticos. “O Porto de Itajaí movimentava cerca de 400 mil contêineres por ano, e sua paralisação gerou uma grande distorção em toda a logística portuária do estado. Essa situação agrava ainda mais os desafios enfrentados pelas indústrias que dependem da eficiência dos nossos portos para cumprir contratos internacionais”, alertou.

O presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc ainda destacou a importância de medidas práticas de curto prazo. “Sabemos que há situações que estão fora do nosso alcance, mas estamos trabalhando para orientar as empresas e minimizar os danos. A cartilha que estamos preparando vai ajudar as indústrias a entenderem o que fazer em situações adversas”, explicou.

Próximos passos e apoio parlamentar

A Fiesc pretende apresentar a cartilha durante a próxima reunião da Câmara de Transporte e Logística, marcada para o dia 11 de dezembro, que será transmitida pelo YouTube da Fiesc. O documento oferecerá diretrizes claras para que as empresas lidem com atrasos e custos extras na logística portuária.

Além disso, Martorano enfatizou o papel do poder público no apoio às demandas logísticas. “Estamos sempre em diálogo com parlamentares e órgãos como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Um exemplo é o senador Esperidião Amin, que participa ativamente das nossas reuniões e tem contribuído com propostas para amenizar os problemas”, comentou.

Ele reforçou que a atividade portuária é essencial para a economia catarinense. “A competitividade de Santa Catarina depende disso. Precisamos melhorar a logística não só para evitar prejuízos milionários, mas para garantir que as indústrias continuem gerando empregos, renda e movimentando a economia do estado”, concluiu.

A reunião do dia 11 também marcará o lançamento da agenda anual da Fiesc para infraestrutura e logística, com destaque para demandas em portos e outros modais de transporte. “Esse documento será fundamental para alinharmos estratégias e cobrarmos ações concretas de todas as partes envolvidas na cadeia logística”, finalizou Martorano.

Confira entrevista completa

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