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Janeiro Branco e a importância do programa de pós-graduação em saúde coletiva da Unesc

Por Rádio Guarujá05/01/2024 11h21
Foto/Reprodução Internet

O “Janeiro Branco” é uma campanha brasileira que ocorre durante o mês de janeiro, com o propósito de conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde mental. Iniciada em 2014, a campanha busca desmistificar tabus relacionados a transtornos psicológicos, estimular a reflexão sobre o bem-estar mental e promover atitudes que contribuam para a preservação da saúde emocional.

Na busca por soluções e respostas aos desafios emergentes na área da saúde, profissionais sanitários têm desempenhado um papel crucial, especialmente no contexto da saúde mental da comunidade. Lisiane Tuon, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unesc, em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã desta quinta-feira, 4, compartilhou suas percepções sobre a formação de sanitaristas e a relevância do trabalho da instituição na capacitação desses profissionais para atender às demandas da região.

“O nosso mestrado nessa área é o único mestrado em toda a região sul de Santa Catarina, ele é um mestrado muito específico nessa área, existem poucos no estado de Santa Catarina,  a gente está indo agora esse ano para a nona turma, então a gente acaba tendo uma formação muito boa.”

Profissionais que buscam essa qualificação geralmente já atuam na área da saúde pública, ocupando cargos como secretários de saúde, coordenadores de setores e residentes. O mestrado, sendo profissional e não acadêmico, direciona suas pesquisas para a resolução de problemas nos serviços em que os alunos estão envolvidos.

“Como o nosso mestrado é o mestrado de saúde profissional, não acadêmico, que é o tradicional, as suas pesquisas, as suas dissertações são muito voltadas para soluções de problemas nos serviços que eles estão atuando, então esse também é um grande diferencial e contribui muito”, destaca.

A coordenadora ressalta a importância desse enfoque profissional diante do atual cenário da saúde mental, uma pauta cada vez mais presente nas discussões, especialmente após os desafios impostos pela pandemia. “A gente sabe que a saúde mental é algo que cada vez mais é pauta de conversas, se torna importante o combate e também as orientações com relação à saúde mental das pessoas, principalmente depois da pandemia muita gente vem sofrendo com isso”.

Com o aumento de casos relacionados à saúde mental, Lisiane lembra que muitos dos problemas já existiam antes da pandemia, mas esta exacerbou as condições crônicas, tornando a saúde mental um dos principais desafios de saúde pública. “Com a pandemia, isso agravou muito, e a saúde mental é realmente hoje um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo.”

Em relação aos municípios, Lisiane reconhece que enfrentam desafios significativos, especialmente em relação aos recursos financeiros. Ela destaca a importância de políticas públicas específicas para a saúde mental e a necessidade de maior autonomia para os gestores locais. “O secretário e o prefeito querem adequar toda a questão da saúde mental. Eles fazem isso com os recursos que têm, dentro das limitações. Os municípios estão se reorganizando dentro do SUS, que é a porta de entrada do usuário, que é a atenção básica.”

Diante desses desafios,  a coordenadora enfatiza a necessidade de políticas públicas estruturadas e adequação dos recursos financeiros para possibilitar a implementação efetiva de ações nos municípios. “Não adianta só ficar no discurso, a gente precisa se organizar estruturalmente pra que a gente possa aplicar todas as políticas públicas pra combater esse mal, que é o mal do século, creio eu”, conclui.

Confira entrevista completa

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