Mente em Sintonia: Abordando relacionamentos abusivos
No quadro “Mente em Sintonia”, veiculado sempre na última quarta-feira do mês pelo Jornal da Guarujá, a psicóloga Vanesa Bagio retorna para discutir um tema de grande relevância: os relacionamentos abusivos.
O termo “relacionamento abusivo” é amplamente conhecido, mas muitas vezes mal compreendido. Bagio esclarece que vai além dos limites do matrimônio, estendendo-se a diversos contextos, como relações familiares, de amizade e até mesmo profissionais. “É um comportamento onde uma pessoa exerce controle sobre outra, muitas vezes silenciando-a e minando sua autoestima”, explica a psicóloga.
Vanesa também destaca a sutileza dessas dinâmicas, ressaltando que muitas vezes tanto o agressor quanto a vítima não percebem o padrão de comportamento abusivo. “É comum que a pessoa que comete o abuso não se dê conta do impacto de suas ações, enquanto a vítima pode se sentir incapaz de expressar sua opinião ou autonomia”, observa.
A psicóloga ainda acrescenta que esses padrões podem ser internalizados desde experiências anteriores, como o ambiente familiar ou social. “A insegurança e a dependência emocional podem levar uma pessoa a aceitar esse tipo de comportamento como normal, dificultando a identificação e a busca por ajuda”, enfatiza.
Além disso, a psicóloga destaca como os relacionamentos tóxicos podem afetar profundamente a autoestima e a saúde mental das pessoas envolvidas. Ela ressalta a importância de reconhecer os sinais de um relacionamento abusivo e buscar ajuda profissional para promover mudanças positivas.
“Se você vive isolado, se você não tem opinião própria, se você não consegue ter atitude, não consegue ter autonomia, avalia. Realmente, se você está num relacionamento ou se realmente é algo teu de insegurança mesmo, ou pensamento maior só nas outras pessoas e você está esquecendo de si.”
Quando questionada sobre a frequência e a distribuição dos casos de relacionamentos abusivos entre gêneros, Vanesa destaca que embora haja uma percepção generalizada de que os homens são mais propensos a serem abusadores, as mulheres também podem exercer controle sobre seus parceiros. Ela salienta a necessidade de entender as origens e os padrões de comportamento que contribuem para o ciclo de abuso.
Ao abordar a influência do relacionamento abusivo no ambiente de trabalho, Vanesa observa: “É importante distinguir entre colegas de trabalho e amigos. Muitas vezes, a linha entre a amizade e a manipulação se confunde, levando a um ambiente tóxico. É essencial estabelecer limites e buscar apoio profissional quando necessário.”
A psicóloga lembra da importância de procurar ajuda profissional. “A terapia, seja individual ou de casal, pode fornecer ferramentas para reconhecer padrões prejudiciais e promover mudanças positivas. É um processo gradual, mas essencial para recuperar a autonomia e o bem-estar emocional.”
Vanesa ressalta a importância da conscientização: “É importante reconhecer os sinais de um relacionamento abusivo, seja no aspecto emocional, financeiro ou físico. Muitas vezes, as vítimas não percebem a gravidade da situação e se encontram em um ciclo prejudicial.”
Se você se identificou com o tema e que conhecer um pouco mais sobre Vanesa, acompanhe seu trabalho também nas redes sociais, onde ela compartilha dicas e reflexões sobre saúde mental em seu perfil no Instagram, @vanesabagio.psic.
Acompanhe o Mente em Sintonia toda última quarta-feira do mês, durante o Jornal da Guarujá, na Rádio Guarujá.
Confira!