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REVIRAVOLTA: Corpo de mulher é removido durante velório para nova perícia, mas investigação confirma suicídio

Delegado Juliano Baesso confirma conclusões em entrevista

Por Rádio Guarujá13/12/2024 12h35
Foto/Reprodução

Um caso inicialmente tratado como suicídio em Balneário Arroio do Silva, no Sul de Santa Catarina, passou por uma reviravolta após suspeitas levantadas pela família da vítima. O corpo de uma mulher de 41 anos foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) durante o velório, no dia 3 de dezembro, para uma nova autópsia, após familiares identificarem hematomas no corpo e suspeitarem de homicídio.

O delegado Juliano Baesso, responsável pela investigação, explicou que, inicialmente, a morte foi tratada como suicídio com base na cena do local. “A vítima foi encontrada na casa de veraneio da família em óbito. A primeira impressão realmente foi de suicídio por enforcamento. O corpo foi submetido ao exame cadavérico e liberado para a família”, detalhou.

A reviravolta ocorreu quando, no velório, a família percebeu marcas no corpo da vítima e levantou suspeitas devido a um histórico de violência doméstica. “A família desconfiou que pudesse ter acontecido algo mais grave. O advogado da família pediu ao Poder Judiciário e o juiz determinou que o corpo retornasse ao IML para uma nova autópsia”, informou Baesso.

Paralelamente, a delegacia instaurou inquérito e iniciou uma série de diligências. Segundo o delegado, câmeras de segurança foram cruciais para esclarecer o caso. “Obtivemos imagens que mostram a vítima chegando sozinha à residência naquela madrugada, saindo por cerca de meia hora e retornando. As câmeras da parte dos fundos registraram toda a movimentação na sacada, onde a vítima fez a preparação e, infelizmente, tirou a própria vida”, afirmou.

Os laudos também corroboraram a conclusão. “Tomei o cuidado de solicitar perícias tanto pelo IML de Araranguá quanto pelo IML de Criciúma. Ambos confirmaram o suicídio por enforcamento”, explicou.

Sobre os hematomas no corpo, o delegado esclareceu que eles não estavam relacionados à morte. “Testemunhas mencionaram que a vítima teve uma discussão em uma festa dias antes, e essas marcas foram produzidas naquela ocasião. Os laudos confirmaram que as marcas já tinham alguns dias”, concluiu.

A investigação descartou a hipótese de homicídio, mas o histórico de violência doméstica envolvendo o ex-marido da vítima foi apurado e já está sob responsabilidade do Poder Judiciário. “Esses fatos ocorreram 45, 50 dias antes da morte e não têm ligação com o suicídio. O autor já foi indiciado por esses crimes e continuará respondendo por eles”, afirmou Baesso.

Confira entrevista completa

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