Santa Catarina em alerta máximo: Crise da dengue atinge níveis sem precedentes
A situação epidemiológica em Santa Catarina atingiu um ponto crítico com a crescente infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O aumento alarmante de casos levou o estado a declarar estado de emergência. Em uma entrevista ao Jornal da Guarujá, o diretor da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina, João Augusto Fuck, destacou a urgência da situação e a necessidade de ações conjuntas para enfrentar a proliferação do vetor e conter a propagação da doença.
“Este início de 2024 nos trouxe um número significativo de casos de dengue, comparado ao ano anterior. Este aumento representa mais de 500%, evidenciando uma transmissão acelerada em vários municípios catarinenses”, ressaltou João Augusto. Ele ainda falou sobre a importância da conscientização e da participação de todos na eliminação de criadouros do mosquito, destacando que medidas simples podem fazer a diferença.
A questão da vacina também foi abordada durante a entrevista. João Augusto explicou que, devido à limitação na produção, a ampliação da vacinação contra a dengue não será possível em 2024. No entanto, o estado está concentrando esforços na vacinação de adolescentes em 13 municípios da região nordeste. Mesmo com a vacinação em andamento, a importância das medidas preventivas, como a eliminação de água parada, não pode ser subestimada.
Diante do aumento alarmante de casos e do registro de óbitos, o governo do estado intensificou suas ações de combate à dengue. Um plano de contingência foi atualizado, com repasses financeiros aos municípios, seminários e campanhas de comunicação. O decreto de emergência reforça a gravidade da situação e a necessidade de envolvimento de todos os setores da sociedade.
A região sul do estado, embora ainda não tenha enfrentado uma transmissão intensa, está começando a registrar a presença do mosquito e focos de infestação. É um alerta para que a população redobre os cuidados e participe ativamente das ações de controle.
Em relação aos sintomas da dengue, o diretor da DIVE destacou a febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas como sinais de alerta. “A febre alta é uma das características da doença, além de dores pelo corpo, dores de cabeça, dores atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo. Então, na presença desses sintomas, são três orientações. Não se automedicar, porque a gente sabe que alguns medicamentos podem causar uma evolução desfavorável da doença. Começar a beber muita água em casa, a hidratação faz toda a diferença na evolução da doença e buscar imediatamente um serviço de saúde mais próximo da residência, para que os profissionais da saúde então possam avaliar”, concluiu.
Confira entrevista completa