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Sessão polêmica e bastidores agitados na Câmara de Vereadores de Orleans

Vereador Dovagner Baschirotto critica veto a questionamentos ao prefeito e fala sobre requerimentos rejeitados

Por Rádio Guarujá15/04/2025 13h15
Foto/Câmara de Vereadores de Orleans

Na manhã desta terça-feira, 15, o Jornal da Guarujá recebeu o vereador Dovagner Baschirotto (MDB), de Orleans, para comentar os desdobramentos da 12ª sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira, 14. A sessão, que se estendeu até por volta das 22h, foi marcada por debates intensos, requerimentos polêmicos e uma surpresa para os vereadores da oposição.

“Foi uma sessão longa, com muitos requerimentos e indicações. Isso faz parte, claro, mas ontem o prefeito Fernando usou a tribuna para apresentar os primeiros 100 dias de governo — e nos foi dito que não poderíamos fazer perguntas nem elogios. Isso me causou bastante estranheza”, declarou Baschirotto.

Segundo o vereador, a decisão de impedir qualquer manifestação dos parlamentares após a fala do prefeito partiu do presidente da Casa, Joel Cavanholi. “Nos disseram que não poderíamos questioná-lo, nem elogiá-lo. Isso é incoerente. A tribuna é a casa do povo, e se ali é o lugar do povo, é ali que temos que perguntar e cobrar”, afirmou.

Para Baschirotto, essa limitação prejudicou o debate: “Ficamos impossibilitados de fazer questionamentos pertinentes. Agora, vamos ter que nos manifestar via requerimentos e ofícios”.

Requerimentos rejeitados e clima de surpresa

Durante a sessão, dois requerimentos protocolados pela oposição — formada por Dovagner Baschirotto, Maiara Dal Ponte Martins, Pedro João Orben (Pedrinho), Mirele Debiasi e Marlise Zomer — foram rejeitados. O Requerimento 13 solicitava esclarecimentos sobre pagamentos integrais a duas funcionárias da administração, a secretária de educação Elizabete Menegasso Bagio e a servidora Giani Cechinel Fontanella, executiva do CMDC, que se ausentaram para viagens particulares. “Esperamos dois meses para ver se haveria desconto na folha. Não houve. E as funcionárias estavam com apenas 30 dias de trabalho. Pela lei trabalhista, ninguém tem direito a férias nesse prazo”, explicou o vereador.

O requerimento que solicitava a cópia de solicitação de ausência, a cópia de autorização para a ausência e a cópia da folha de pagamento com os devidos descontos, foi rejeitado por 6 votos a 5. “Na verdade, houve empate de 5 a 5, e o presidente da Câmara decidiu pela reprovação. A gente se pergunta: se não tem nada a esconder, por que tanto esforço para barrar um requerimento?”, lamentou.

O Requerimento 14, também da oposição, que pedia informações da Secretaria de Saúde sobre listas de espera para exames e consultas com especialistas, também foi rejeitado. “Isso é o mínimo que deveríamos receber como vereadores. Transparência não se faz apenas no discurso”, criticou.

Requerimento da situação foi aprovado por unanimidade

Contrariando o clima tenso, um terceiro requerimento — o de número 15 — apresentado por vereadores da base aliada, foi aprovado por unanimidade. O documento solicitava informações sobre gratificações recebidas pela vereadora Maiara Dal Ponte Martins (MDB), enfermeira, chefe do posto de saúde da Pindotiba há 17 anos e servidora de carreira da saúde, nos anos de 2021 a 2024.

“Foi um requerimento claramente feito para tentar nos constranger, como se estivéssemos escondendo algo. Mas não temos o que temer. A vereadora Maiara é concursada, atua na Secretaria de Saúde há anos e, inclusive, ajudou muito durante a pandemia”, explicou. “Nós fizemos questão de votar a favor. Todos os cinco da oposição aprovaram, porque temos coerência. Nós defendemos a transparência para todos, inclusive para os nossos.”

Segundo o vereador, o pedido poderia ter sido respondido facilmente pela própria Secretaria de Saúde, mas, mesmo assim, fizeram questão de demonstrar apoio à investigação. “A diferença é essa. Não temos medo de perguntas. Porque quem trabalha certo não se incomoda com fiscalização. O problema é quando a base do governo rejeita qualquer tipo de questionamento ao Executivo. Aí vira politicagem, não democracia”, completou.

Visitas importantes e investimentos na agricultura

Apesar do ambiente tenso na Câmara, o vereador destacou que o diálogo com o Executivo segue em clima de cordialidade. No último sábado, participou de uma reunião com o secretário estadual da Agricultura, deputado Carlos Chiodini, e o deputado estadual Volnei Weber, junto a produtores rurais da região. “O secretário ficou impressionado com a força da nossa agricultura. Orleans tem mais de 35% da arrecadação ligada ao setor, acima da média estadual”, disse.

Durante o encontro, foram discutidas demandas importantes como a liberação de 500 toneladas de calcário e a recuperação da subida da Brusque, sentido Três Barras, conhecida pelos transtornos causados por chuvas. “Já estamos elaborando o projeto para protocolar o pedido de obra na Secretaria da Agricultura”, afirmou.

“Meu partido é Orleans”

Ao final da entrevista, o vereador Dovagner Baschirotto reforçou sua postura de independência política. “Tivemos oito anos de governo do MDB e agora temos um governo de oposição. Mas meu partido é Orleans. Nosso município não pode ser penalizado. Todo recurso vem do povo, e é nossa obrigação garantir que ele retorne para beneficiar a população, independentemente de quem esteja na gestão”, finalizou.

Confira entrevista completa

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