Setembro Amarelo: Orleans promove a prevenção ao suicídio e o cuidado com a Saúde Mental
Entrevista com Ana Regina Zomer, coordenadora do CAPS 1 de Orleans, sobre os serviços disponíveis, a importância da família e o apoio constante à saúde mental
No mês dedicado ao Setembro Amarelo e à conscientização sobre a saúde mental, o Jornal da Guarujá realiza uma série de entrevistas para abordar esse tema delicado e crucial. O Jornal da Guarujá conversou com Ana Regina Zomer, coordenadora do CAPS 1 de Orleans e psicóloga, sobre o Setembro Amarelo, um trabalho que tem recebido elogios e destaque em toda a região, especialmente no que diz respeito à prevenção ao suicídio.
O CAPS de Orleans não se limita apenas à prevenção ao suicídio, mas abrange todas as questões relacionadas à saúde mental. Durante a entrevista, Ana Regina destacou o trabalho excepcional realizado no CAPS, oferecendo uma visão sobre as atividades desenvolvidas e os serviços oferecidos aos membros da comunidade.
Acolhimento integrado para a Saúde Mental
Ana Regina explicou que Orleans é privilegiado na área da saúde mental, com psicólogos disponíveis em todas as unidades de saúde e o serviço do CAPS, que funciona diariamente das 8h às 18h sem intervalo ao meio-dia. O CAPS desempenha um papel crucial no acolhimento de pacientes com transtornos mentais e os encaminha para avaliação psiquiátrica, oferecendo tratamento psicológico e, quando necessário, internação.
Além disso, todas as unidades de saúde da cidade estão preparadas para receber pacientes com problemas de saúde mental, e o Hospital Santa Otília serve como uma porta de acolhimento durante fins de semana e fora do horário de funcionamento da Secretaria de Saúde.
Identificando sinais de risco
Para ajudar na prevenção ao suicídio, é vital identificar os sinais de risco. a psicóloga e coordenadora do CAPS 1, enfatizou que pessoas com pensamentos suicidas geralmente sofrem de transtornos mentais e experimentam um profundo sofrimento, onde a falta de esperança prevalece. Familiares e amigos devem prestar atenção a mudanças no comportamento da pessoa, como agressividade, reclusão e outras alterações que podem indicar problemas de saúde mental.
Ela encoraja as pessoas a conversarem abertamente com aqueles que podem estar em risco e a perguntarem diretamente sobre seus pensamentos suicidas. “Isso não aumenta o risco, mas pode abrir a porta para a ajuda e o tratamento necessários”, afirma.
Buscando ajuda
Ana Regina destacou a importância de buscar ajuda profissional em situações de risco. Os serviços de saúde mental em Orleans são acessíveis e gratuitos, e qualquer pessoa pode procurá-los para obter orientação e apoio, mesmo que seja apenas para esclarecimentos.
Ela também mencionou o Serviço de Valorização da Vida (CVV) com o número 188, disponível 24 horas por dia, como um recurso para aqueles que estão enfrentando dificuldades emocionais e precisam de apoio imediato.
Trabalho contínuo
A coordenadora e psicóloga esclareceu que a cidade de Orleans está comprometida com a saúde mental durante todo o ano, não apenas em setembro. Profissionais de saúde estão sendo treinados para oferecer um melhor acolhimento aos pacientes, e programas de saúde mental estão sendo integrados em escolas para abordar questões como bullying, álcool e drogas, e outros problemas emocionais.
O município tem visto uma redução nos casos de suicídio nos últimos anos, graças ao trabalho de conscientização e aos serviços de saúde mental disponíveis para a comunidade.
Envolvimento da família
Quando um paciente com pensamentos suicidas é identificado, a família desempenha um papel crucial em seu tratamento. Ana Regina explicou que a família deve ser orientada sobre como apoiar o paciente e, em alguns casos, fornecer supervisão constante.
Em Orleans, o CAPS oferece orientação e suporte não apenas aos pacientes, mas também às suas famílias, reconhecendo a importância da rede de apoio no tratamento da saúde mental.
Para aqueles que desejam entrar em contato com o CAPS em Orleans ou obter orientação, Ana Regina enfatizou que eles estão abertos e prontos para ajudar através do telefone (48)3886-0170 que também é whatsapp. Além disso, o serviço de Valorização da Vida (CVV) pode ser acessado ligando para o número 188, 24 horas por dia.
Confira entrevista completa: